Em 1995 eu era recém-formado, e trabalhava na Monsanto.

Tive o prazer de participar da convenção de vendas da empresa em Saint Louis-MO, pude conhecer o headquarter da empresa, foi uma experiência marcante. Eu mal tinha me graduado e já fazia minha primeira viagem internacional de negócios, na época eu tinha 25 anos.

Mas o que mais me marcou foi o fato do keynote speaker convidado para falar para nós ser o Comandante Rolin. Para quem não o conhece, ele foi o fundador da TAM. Ele começou sua empresa do nada, e fez um império.

O primeiro aprendizado que tive com ele foi durante sua palestra, quando ele discorreu sobre as duas regras TAM, que todos os funcionários tinham obrigação de saber:

  1. “O Cliente tem sempre razão.”
  2. “Caso o cliente por acaso estiver errado, leia a regra número 1.”

Simples, e por isso mesmo genial!

Eu não me dei por satisfeito em simplesmente ouvir. Estava lá o famoso “Comandante Rolim”, um mito em termos de empreendedorismo e resultado, eu precisava falar com ele, pessoalmente. E foi o que fiz!

No final do dia todos nós fomos fazer um passeio no famoso paddlewheeler boat, no rio Mississippi, com banda de jaz e tudo mais que tínhamos direito!

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A porta foi aberta, e cabia apenas a mim aproveitar a oportunidade. Eu precisava conversar com ele, queria saber mais do que ele fez para alcançar o sucesso em seu empreendimento, a TAM. E foi o que fiz: procurei onde ele estava, esperei meus superiores falarem com ele, e quando percebi uma brechinha, fui ao seu encontro e me apresentei.

Conversamos muito, rimos muito. Mas o que me marcou de fato, foi a pergunta que eu tinha ensaiado o dia todo para fazer:

“Comandante, qual o segredo de seu sucesso?”

– “Kleber, o segredo do sucesso está em ser prático. Não queira aprender com seus próprios erros, é romântico, é bonitinho de falar, mas não é nem um pouco prático. Aprenda com os erros e acertos dos outros.

Quando você ver que alguém errou, não repita o erro nem perca seu tempo querendo descobrir como fazer. Quando você ver que alguém acertou, faça o mesmo, ou faça melhor!

Caso você queira aprender com seus erros, você vai desperdiçar uma boa parte de sua vida procurando descobrir como fazer o que é certo, e provavelmente vai descobrir – tarde. Terá grande chances de chegar aos 50 anos sem muitas reservas financeiras e para suprir esta necessidade vai escrever um livro de auto-ajuda “Como aprender com os próprios erros”. E, vai precisar torcer para que um editor compre.

Seja prático. Aprenda com os erros e acertos dos outros!”