Acabei de ler um texto de uma colega de faculdade, a Ópio* (Paula Meyer): https://www.facebook.com/paula.meyer.9655/posts/2188116627887943 

E sabe o que aconteceu? Nó na garganta, uma tristeza ‘alegre’… e sabe o que mais? É muito bom ter lembranças que valem a pena serem lembradas!

  • O cheiro do lençol quando eu dormia na casa das minhas avós, eu lembro da diferença…
  • O cheiro do bolo de formiga, do suco de manga coquinho colhida na hora;
  • Da rosa do jardim da minha avó, da oficina do meu avô, das ferramentas!!!
  • Do cheiro do filtro de água de barro, do cloro da água da mangueira;
  • Do estofamento do fusca quando ficava no sol!
  • Da groselha vitaminada Milani;
  • Das folhas da Barsa quando a gente abria para fazermos pesquisa de escola;
  • Da televisão de válvula quando esquentava;
  • Do estojo de madeira, da massinha de modelar, do lápis de cor novo, do material escolar no primeiro dia de aula;
  • Do cheirinho do bolinho de chuva, com banana, que acabou de ser fritado…

Você já pensou que os cheiros de sua história, são só seus? Ele nunca está longe, ele é sentido dentro de você, ele fica dentro de você, ele começa lá, ele fica lá, indelevelmente.

Você não lembra um cheiro ‘mais ou menos’, ou lembra ou lembra. Pense num cheiro que você esqueceu, não existe!

Nossa história não é apenas uma trilha sonora, é uma paleta de cheiros e aromas 🙂

Vou parafrasear a Ópio: “Seja feliz… com o cheiro da sua avó!”

 

* Para quem não estudou na ESALQ ou conhece as ‘tradições esalqueanas’, ao entrar na faculdade somos ‘batizados’ com o nome esalqueano (apelido), e ele nos acompanha por toda nossa vida (com muito orgulho!). Meu ‘nome’ é Lerdo (esta é uma outra história…). Eu não me recordo de chamar a Ópio de Paula, ou de ser chamado de Kleber por ela! Saudações Esalqueanas.